Imagem ilustrativa de pessoa com quadro a frente do rosto simbolizando tristeza e depressão.
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Depressão você sabe o que é? Quais as suas causas, sintomas e como é feito o tratamento? Descubra tudo sobre o assunto e previna-se!

A depressão é uma doença de origem mental e comportamental que, ultimamente, tem afetado uma grande parte de todo o mundo. Nos últimos meses o número de pessoas diagnosticadas com essa doença tem atingido dados preocupantes com um aumento exponencial dos casos. 

A pandemia de covid-19 não adoeceu as pessoas apenas na área em que o vírus ataca no corpo, mas trouxe consigo uma infinidade de outras doenças graves para toda a população. 

A principal enfermidade que vem acometendo as pessoas neste momento de incerteza é a tristeza. Muitos são tomados por um turbilhão de sentimentos e de incertezas, os jornais têm passado mais notícias ruins do que o contrário e a ansiedade gerada por não sabermos como será o dia de amanhã só vem piorando a situação para a comunidade. 

Além da incerteza quanto à situação mundial, temos o grande problema de estarmos perdendo entes queridos. Nunca em tão pouco tempo morreram tantas pessoas. 

Seres humanos têm vivenciado em seu limite, com incertezas, medos, desemprego, altas no preço dos alimentos e de todo o custo de vida, perdas irreparáveis, e tudo isso tem colaborado para uma população cada vez mais doente. Não apenas de covid, mas da mente e dos nervos. 

O que é depressão

De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é considerada a quarta doença mais incapacitante do mundo. Ela é caracterizada por um desinteresse total ou parcial que uma pessoa passa a sentir pela vida. Os sentimentos tornam-se intensos e ocorre um turbilhão de tristeza e prostração perante hábitos comuns do dia a dia. 

Na maioria das vezes, uma pessoa não consegue nem reconhecer porque está tão triste. Nem sempre o motivo é aparente ou faz algum sentido. Outras vezes ele pode ter sido provocado pela perda de algo, alguém ou qualquer outro motivo forte suficiente para deixar alguém triste.

Além disso, o quadro pode ser  intensificado por outras causas que também são responsáveis por provocar certos tipos de doenças, como por exemplo, um desequilíbrio químico no cérebro. 

Ilustração de áreas cerebrais afetadas pela depressão.
A depressão provoca alterações químicas no cérebro, afetando áreas responsáveis pelo comportamento humano.

Esse desequilíbrio químico que causa um quadro depressivo é quando ocorre a diminuição de certos neurotransmissores no cérebro, são esses transmissores os responsáveis por enviar mensagens que mantém o corpo saudável, pois nos fornece um bem-estar psicológico e físico. 

É uma doença que atinge pessoas de qualquer idade ou etnia, mas pode ser mais comum entre as mulheres. 

A comunidade científica atual consegue reconhecer que um quadro depressivo não provoca apenas uma sensação de tristeza e infelicidade sem fim, ela também ocasiona em certos desequilíbrios fisiológicos.

Esse tipo de disfunção pode causar problemas no sistema de imunidade, o que ocasiona em mais processos inflamatórios no corpo, aumentando as chances do desenvolvimento de problemas graves no coração.

Quais são os sintomas da depressão

Os sintomas da depressão podem variar bastante de uma pessoa para outra. Por isso é preciso prestar bastante atenção em alguns fatores. É necessário estar atento às ocorrências do corpo e também quanto às situações vivenciadas que podem auxiliar a diferenciar uma depressão de um quadro de tristeza.

Os sintomas de Depressão são: 

  • Fadiga extrema;
  • Mudanças bruscas de humor, principalmente irritabilidade;
  • Forte sensação de angústia;
  • Crise de ansiedade frequentes;
  • Auto estima baixa;
  • Dificuldades para dormir;
  • Desinteresse por atividades que antes gerava sensação de prazer;
  • Pensamentos dominados por coisas ruins;
  • Súbito desejo de morrer;
  • Compulsividade;
  • Falha na capacidade de concentração;
  • Inibição quanto vontade fazer sexo;
  • Sensação de impotência;
  • Inaptidão quanto a tarefas corriqueiras do dia a dia;
  • Entre outros.

Ao observar que esses sintomas estão ocorrendo de forma concomitante é preciso buscar apoio médico para sanar quaisquer dúvidas sobre a possibilidade de depressão. Além disso, o que também pode ser considerado são fatores de risco que podem indicar de fato que algo está errado. 

  • Um dos principais aspectos que podem ser levados em consideração no momento de decidir entre um quadro depressivo e um simples momento de tristeza é quanto a hereditariedade. Pessoas com familiares que já tenham passado por depressão têm mais propensão a sofrer da doença;
  • Outros tipos de transtornos psiquiátricos também podem ser uma porta de entrada para possíveis focos depressivos;
  • Crises constantes de estresse ou de ansiedade, podem acabar desencadeando em depressão;
  • Uma vida repleta de hábitos pouco saudáveis, como uma péssima alimentação, sedentarismo e o consumo de substâncias prejudiciais como o tabagismo, excesso de álcool e drogas ilícitas pode contribuir no desenvolvimento desse quadro; 
  • Algumas pessoas não conseguem manter uma vida social ativa na comunidade e isso acaba ocasionando em mais atividades nas suas redes sociais. O grande problema é quando uma pessoa deixa de ter uma vida fora da internet e substitui esse convívio por relações virtuais. Essa atitude só tende a piorar a situação e pode ocasionar na doença; 
  • Traumas físicos ou psicológicos também podem provocar quadros depressivos.

Como se prevenir contra a depressão 

Embora a depressão seja uma doença que se alastra rapidamente, é possível tomar algumas atitudes preventivas quanto a ela, como por exemplo, não alimentar tristezas, por mais inofensivas que pareçam, buscar ter uma rotina regular de exercícios, manter uma alimentação adequada, permitir-se descansar e se divertir, entre outros é fundamental para combater e prevenir a doença.

Quadro ilustrativo de vida saudável.
Ter uma rotina saudável ajuda a prevenir e combater a depressão.

Certos tipos de alimentos podem contribuir para aumentar a produção de serotonina. Este hormônio é responsável por aumentar o bom humor e, consequentemente, combate a depressão. Esses alimentos sozinhos não podem combater a doença, mas quando aliados ao tratamento passado pelo médico especialista, potencializa seus efeitos e auxiliam o paciente a combater a depressão. Alguns dos alimentos que se enquadram nesse tipo são: 

  • Frutas ricas em triptofano como banana, mexerica, abacate e outras;
  • Fontes de cálcio e minerais também ajudam a eliminar a tensão e também a depressão; Invista em iogurtes naturais e produtos derivados do leite
  • Ácido fólico melhora o sistema nervoso, ajuda a combater o estresse e a evitar a fadiga. Laranja e maçã são frutas ricas nessa substância;
  • Algumas oleaginosas possuem selênio. Essa substância é antioxidante, que contribui diretamente para diminuir o estresse e melhorando a depressão, as que contém selênio são castanha do pará, nozes e amêndoas; 
  • Os ovos que são excelentes fontes de vitaminas do complexo B, como a tiamina e a niacina auxiliam na melhora do humor; 
  • Duas colheres diárias de mel podem aumentar a serotonina; 
  • Carnes magras e peixes contém triptofano;
  • Carboidratos complexos também são ricos em triptofano, uma alimentação composta de muitos carboidratos pobres ou mesmo com poucos carboidratos podem elevar oscilações no humor e tristeza, recomenda-se de seis a nove porções diárias;
  • Aveia e centeio contribuem para o bom funcionamento do intestino devido suas vitaminas do complexo B e vitamina E. São indicados para combater ansiedade e depressão;
  • Folhas verdes, segundo estudos, associam-se a melhora de sintomas depressivos, o ideal é que se consuma de três a cinco porções diariamente;
  • Alimentos ricos em magnésio, como a soja, por exemplo, possuem um papel muito importante no fornecimento de energia celular. O magnésio tem propriedades calmantes que auxiliam no combate ao estresse e contra a fadiga do corpo;

Tratamento

O primeiro passo para iniciar o tratamento é procurar apoio médico. Somente um profissional poderá realizar adequadamente o diagnóstico, assim como receitar o tratamento correto conforme o paciente e seus sintomas. 

A depressão é caracterizada em até três etapas: leve, moderada e grave. O profissional realizará exames físicos, assim como análise de histórico médico e de possíveis focos que possam ser a origem da doença.

O tratamento costuma ser realizado a partir de um trabalho em conjunto entre psicólogo e psiquiatra. O primeiro é responsável por investigar a vida do paciente a partir de diálogos e entrevistas e com isso tentar encontrar fatores desencadeadores da depressão.

Enquanto o segundo pode utilizar outros métodos em seu tratamento, como receitar medicamentos antidepressivos, por exemplo. Os remédios que costumam ser utilizados nesse tipo de tratamento são: 

  • Fluoxetina;
  • Paroxetina;
  • Citalopram;
  • Venlafaxina;
  • Entre outros.

Qualquer medicação utilizada para esse fim costuma ser de tarja preta e portanto contraindicado para automedicação. 

Cada etapa do tratamento contra a depressão deve ser realizada com o acompanhamento de um profissional. 

Caso  esteja passando por momentos difíceis ou conheça alguém que esteja, não espere a situação se agravar, busque apoio o quanto antes.

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