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Distanciamento social em tempos de pandemia

O Distanciamento social é apenas uma das marcas do “novo normal”. A pandemia chegou de maneira inesperada e transformou a vida de todas as pessoas. Máscaras, lives, drive-thru, tele-entrega, trabalho e ensino remoto são algumas das novidades com as quais tivemos que nos acostumar.

Nosso dia a dia foi alterado, alguns projetos perdidos, e muitas dúvidas e incertezas surgiram e permanecem ainda após alguns meses da chegada do novo Coronavírus.

Você há de concordar conosco que, nem em nossa educação escolar, universitária ou familiar, fomos preparados para lidar com desafios como esses. Ter que controlar e trabalhar nossas emoções é algo para o qual não estávamos prontos.

O fato é que vivemos tempos únicos, e de uma forma ou de outra teremos que lidar com isso. O isolamento social é uma das mudanças mais pesadas exigidas a nós, até certo ponto, é esperado sentir-se mal, ansioso, com raiva, insatisfeito ou triste, porém, precisamos reencontrar equilíbrio.

Fizemos um panorama completo sobre como tem sido a experiência do isolamento social para a população brasileira e preparamos algumas dicas para você que tem tido dificuldades para lidar com esta nova realidade.

Distanciamento Social: Necessário, porém danoso

O distanciamento social é a mais importante medida de contenção da pandemia. Este isolamento pode ser vertical, em que somente pacientes que compõem o grupo de risco para a doença ficam isolados, ou horizontal, no qual somente os serviços essenciais são mantidos.

No Brasil, a recomendação é o isolamento horizontal, ou seja, a maioria das pessoas deve manter-se em suas residências. Embora tal estratégia represente uma grande vantagem do ponto de vista epidemiológico, é também a que mais afeta a economia, afinal, os setores primário, secundário e terciário têm suas atividades reduzidas.

Além das consequências econômicas deste afastamento, precisamos ressaltar também os fatores psicológicos envolvidos.

Quase 10% dos brasileiros manifestam os sintomas de problemas psicológicos, que se dividem entre os ataques de pânico, as fobias, os transtornos obsessivos compulsivos, o estresse pós-trauma e a ansiedade generalizada. Situação que se tornou ainda mais grave com a chegada da pandemia, como já havia previsto um estudo do The New England Journal of Medicine, um dos periódicos mais respeitados no mundo.

Como dizem por aí, “apesar dos pesares”, a medida é ainda a nossa maior chance de conter o espalhamento do vírus, que pode ser mortal.

O isolamento se faz extremamente necessário, em especial devido a incapacidade do sistema de saúde acolher todos os infectados. É preciso admitir, que a exposição ao Coronavírus sem restrições levaria o sistema de saúde a entrar em colapso. Isso porque o vírus possui alta transmissibilidade, e ainda não temos uma droga específica capaz de combatê-lo.

Ajuste difícil?

Não estávamos preparados para uma mudança tão brusca de realidade. Infelizmente, ainda sabemos pouco sobre como equilibrar corpo-emoções-mente e trabalhar nossos sentimentos de maneira saudável. Quando a rotina se altera, e o mundo como conhecemos praticamente desaparece, criar um ambiente físico e mental respirável torna-se ainda mais difícil.

O isolamento social trouxe grande sofrimento para muitas pessoas, em especial para aquelas que moram sozinha, e acabam ficando sem nenhuma companhia durante a quarentena. Também não é uma dinâmica fácil para idosos e pessoas com deficiência ou distúrbios psíquicos.

Tudo isso se torna ainda pior com as instabilidades do mundo externo, não sabemos o que está por vir, em quem podemos confiar e nem mesmo até quando teremos de nos manter recolhidos, distantes de nossos amigos e entes queridos.

Todas as incertezas e as dificuldades para administrá-las influencia diretamente no estado mental das pessoas, gerando preocupações com a questão financeira, medo de adoecer, sentimentos de desesperança e tédio, ansiedade, o que pode vir acompanhado de alterações na concentração e na memória, insônia e reações exacerbadas de estresse.

Ou seja, o período que já era desafiador, se torna cada vez mais difícil, a medida que acumulamos preocupações e questões mal resolvidas. Não é a toa que tantas famílias têm sido abaladas e casamentos destruídos, acabamos descontando nas pessoas mais próximas, naquelas que estão isoladas conosco, nossas frustrações e angustias.

Infelizmente, já não basta o encerramento do período de isolamento social para resolver por completa todas essas questões. “Os estressores à população durante a epidemia podem ter consequências de longo prazo nas comunidades e nas famílias, também!”, aponta Fernanda Benquerer.

“É necessário buscar auxílio do profissional de saúde quando há um sofrimento que está prejudicando o dia a dia”, afirma o psiquiatra Antonio Egidio Nardi, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A conscientização a respeito da problemática apresentada aqui é o primeiro passo para o enfrentamento dos desafios. É preciso que todos entendam que cuidar das emoções é parte fundamental da saúde, que vivemos um tempo de grande vulnerabilidade, e que as doenças psíquicas não são motivo de vergonha e nem mesmo simplesmente frescura.

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Dicas para lidar com o distanciamento social

Embora conheçamos as consequências do isolamento social em seus mais diversos aspectos, também precisamos admitir tamanha necessidade de tal medida, aponto de procurarmos soluções para passarmos por este momento com o mínimo possível de danos. Preparamos algumas dicas para você que deseja proteger a sua saúde mental em tempos de pandemia.

Filtre as notícias

Todos os dias recebemos inúmeras notícias, não só através da televisão, mas principalmente via mensagem em redes sociais e aplicativos. Infelizmente, diante do momento de crise, isso tem feito mais mal do que bem.

Nossa recomendação é que você filtre esses dados e limite o seu tempo de leitura. Evite principalmente aquelas notícias que podem gerar angústia, estresse e ansiedade.

Estabeleça uma rotina

Mesmo em meio ao isolamento social, sugerimos que você mantenha uma rotina, ou seja, crie costumes, horários e tarefas para ocupar o seu dia. Se possível, mantenha o horário de trabalho durante o home office, acorde no horário habitual, tire tempo para sua alimentação e não se esqueça também de se dedicar às atividades que lhe dão prazer.

Evite a solidão

Como evitar a solidão em tempos de isolamento social? Graças a tecnologia, essa tarefa se tornou simples. Faça encontros virtuais com amigos e familiares, em especial quando estiver se sentindo sozinho.

Converse com as pessoas que você ama, compartilhe seus sentimentos, o isolamento é coletivo, vamos apoiar uns aos outros.

Cuide da sua saúde

Não dá para deixarmos a saúde de lado em tempos como este. Crie hábitos de autocuidado.

  • Mantenha uma alimentação equilibrada
  • Beba bastante água
  • Pratique atividade física regularmente
  • Tome sol no horário propício
  • Separe tempo para o lazer
  • Mantenha sua mente ativa: aprenda a cozinhar, faça artesanato, compre um curso online, seja criativo

Cuide da alimentação

A alimentação merece uma atenção especial. Quantas pessoas você conhece que ganharam peso durante a pandemia? O estresse e a ansiedade tendem a aumentar o desejo de comer alimentos com alto teor de açúcar e gorduras saturadas. Por mais que essa pareça uma gratificação atraente, afinal você tem suportado coisas pelas quais nunca imaginou passar, cuidado!

Procure manter uma dieta saudável, dando ao seu corpo todos os nutrientes necessários para o seu pleno funcionamento, afinal, você precisa cuidar da sua saúde e manter o seu sistema imunológico forte durante a pandemia. Cuidar da sua saúde emocional te ajudará a lidar melhor com essa questão.

Mexa-se

Os exercícios físicos são uma ótima maneira de manter o corpo e a mente sãos. A atividade física fortalece o sistema imune e ajuda a aliviar a ansiedade e a melhorar o humor.

Certamente, com uma rotina de exercícios você se sentirá mais calmo e motivado para suas tarefas do dia a dia e para o enfrentamento dos desafios do isolamento social.

Mantenha-se ocupado

Procurar distrair a mente certamente faz a diferença. Ao invés de pensar em tudo o que está acontecendo e nas incertezas ao redor, procure um novo hobby, brinque com as crianças, aprenda uma coisa nova, assista a filmes e programas de TV, quanto menos tempo você passar pensando nas preocupações, melhor.

Procure ajuda médica

Se você tem se sentido sozinho, ansioso ou estressado, procurar ajuda pode ser uma ótima escolha. Um profissional pode te ajudar a diminuir os efeitos do isolamento social. Não hesite, não há motivos para vergonha ou medo.

A atuação de psicólogos passa a ser essencial nesse novo cenário, em especial contribuindo para que a sociedade conscientize-se a respeito da crise, e coloque em prática as medidas preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde.

Sabia que você nem precisa sair de casa para encontrar um bom profissional? Graças as teleconsultas, você pode ser atendido aí da sua casa, respeitando a necessidade de isolamento social.

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3 Comments

  1. Gustavo Woltmann disse:

    É o que todos precisam fazer, distanciamento, usar máscaras e higienização.

  2. O meu filho se encaixa em todos estes sintomas ele ele é funcionário público mais não está trabalhando por conta desses problemas e não aceita fazer tratamentos.

  3. Equipe Boa Consulta disse:

    Olá Gustavo, como vai?

    Devemos sempre cuidar para nos mantermos saudáveis.

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