Mulher realizando exame Papanicolau preventivo.

Papanicolau: o que é, para que serve, como é feito, recomendações e resultados

O exame Papanicolau ou preventivo é um teste ginecológico utilizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Este exame costuma ser indicado para mulheres a partir do início da vida sexual, ou a partir dos 21 anos, pois tem como principal objetivo detectar doenças no colo do útero, como inflamações, HPV e o câncer de colo de útero.

O exame Papanicolau é rápido, não necessitando de muitos preparos e em condições normais, indolor. Basicamente o exame consiste em coletar células do colo do útero e diagnosticar lesões ou alterações no órgão feminino.

Atualmente este é um dos principais exames preventivos para a mulher, pois é altamente eficiente em detectar doenças em estágios iniciais, quando realizado com regularidade. Podendo ser realizado em unidades de saúde pública ou em consultórios ginecológicos.

Este exame recebe o nome do criador do método, o médico romeno Georgios Papanicolau, responsável por aperfeiçoar e tornar popular a técnica nos anos de 1940.

Para que serve o exame Papanicolau?

O exame Papanicolau serve para identificar alterações no útero, das quais podem indicar doenças graves que afetam o púbico feminino, que podem ser:

  • Infecções vaginais, como tricomoníase, candidíase ou vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis;
  • Doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia, sífilis ou HPV;
  • Câncer de colo do útero;
  • Avaliar a saúde do colo do útero e a presença de cistos de Naboth, nódulos que podem ser formados devido ao acúmulo de líquido liberado por glândulas presentes no colo do útero.

O exame preventivo dever ser realizado anualmente. Após dois exames seguidores (com intervalo de um ano) caso os resultados se mantenham normais, o preventivo pode ser realizado a cada três anos, após indicação médica.

Como o exame preventivo é feito?

Muito embora o Papanicolau seja um exame simples, indolor e bastante rápido, para que ocorra um diagnóstico assertivo é preciso que a mulher siga algumas orientações.

Como, por exemplo, realizar o exame fora do período menstrual, não fazer duchas vaginais e uso de cremes nas 48 horas antes do exame e a mulher também não deve ter relações sexuais nas 48 horas anteriores a realização do exame.

Durante a realização do exame preventivo, a mulher fica deitada em posição ginecológica, ou seja, com às duas pernas separadas e apoiadas em um suporte.

Mulher em posição ginecológica.

O médico ginecologista inicia o exame verificando a parte exterior da vagina da paciente, com objetivo de identificar algum corrimento ou anormalidade, em seguida, introduz um espéculo vaginal (equipamento que lembra um bico de pato) na vagina, para poder visualizar o colo do útero.

Em seguida, o médico, com auxílio de uma espátula e de uma escova endocervical, faz a coleta de amostras de tecido uterino para analisar possíveis lesões e alterações em laboratório.

Apesar de as palavras raspagem e coleta de tecido uterino parecer dolorosas, o exame não dói, no entanto, pode ser sentido um desconforto ou pressão no interior do útero durante o procedimento, porem o alívio é quase que imediato após a retirara da espátula.

Não há contra-indicações para fazer o exame de Papanicolau. Em caso de gestantes, é recomendado o exame apenas até o quarto mês de gravidez e não causa nenhum mal ao útero ou ao bebê. Após parto, é necessário aguardar entre seis e oito semanas para fazer a coleta.

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Como me preparar para o exame papanicolau?

Por se tratar de um exame simples, o preparo para o Papanicolau também é bastante simples, sendo algumas das principais recomendações:

  • Não ter tido relação sexual nas 48 horas anteriores ao exame;
  • Não utilizar duchas de higiene íntima;
  • Não utilizar cremes ou lubrificantes vaginais;
  • Estar fora do período menstrual.

Qualquer atitude de preparação extra devera ser indicada pelo médico ginecologistas, levando em conta casos especiais.

Quem deve e quando fazer o exame preventivo?

O exame Papanicolau deve ser feito por mulheres a partir do início das atividades sexuais até os 65 anos, muito embora, deve ser priorizado entre as mulheres na faixa etária de 25 a 65 anos, especialmente as que tenham histórico familiar propensos a doenças uterinas, como o câncer de útero e outros.

Em linhas gerais, o exame deve ser realizado uma vez por anos, assim como o de câncer de mama por exemplos, pois é uma forma de prevenir precocemente doenças graves.

No entanto, o Ministério da Saúde indica que às duas primeiras coletas do exame papanicolau, ocorram anualmente, caso não se observe alterações, o exame pode ser realizado a cada três anos.

A recomendação de um longo período sem um novo exame existe devido à evolução lenta do câncer de colo de útero, permitindo que as lesões pré-cancerígenas e cancerígenas, possam ser encontradas e tratadas de forma precoce.

Mulheres com idades próximas ou superior a 64 anos que nunca fizeram o exame Papanicolau, devem realizar dois exames com intervalos de 1 a 3 anos entre os exames.

Ginecologista explicando exame papanicolau para idósa.

Já nos casos onde a mulher apresenta lesões indicativas de câncer de colo de útero, devem fazer o acompanhamento semestral, para acompanhamento da evolução da doença.  O câncer de colo de útero é causado pelo Papilomavírus Humano, o HPV, que deve ser identificado e acompanhado, se detectado, para prevenir o desenvolvimento de câncer.

Como entender o resultado do exame?

Após a realização do exame, as amostras são enviadas ao laboratório e podem demorar até semanas para que o ginecologista receba o laudo. O laudo indica os fungos e as bactérias contidas na amostra e indica eventuais anormalidades nas células uterinas.

As alterações, se presentes, podem indicar prováveis tumores, lesões ou serem benignas, que caso não tratadas corretamente podem dar origem a tumores malignos. Em caso de qualquer alteração incomum, seu médico deve solicitar mais exames.

Entretanto, os resultados são os mais diversos e característicos, podendo ser:

  • Classe I: o colo do útero está normal e saudável;
  • Classe II: presença de alterações benignas nas células, que são normalmente causadas por inflamação vaginal;
  • Classe III: inclui NIC 1, 2 ou 3 ou LSIL, o que significa que existem alterações nas células do colo do útero e o médico poderá prescrever novos exames para procurar a causa do problema, que pode ser o HPV;
  • Classe IV; NIC 3 ou HSIL, que indicam um provável início do câncer de colo de útero;
  • Classe V: presença de câncer de colo de útero.
  • Amostra insatisfatória: o material colhido não foi adequado e o exame não pode ser realizado.

Apesar de estamos listando algumas prováveis interpretações do exame aqui, apenas o seu médico tem competência para entender o laudo do laboratório.

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