Insuficiência Cardiaca: Sintomas, Causas, Diagnóstico, Tratamentos e Mais
No episódio 09 do podcast “Papo com Especialista”, tivemos o enorme prazer de receber a médica cardiologista, Dra. Marcia Cardoso. Neste recorte do vídeo completo, a Dra. Márcia Cardoso, cardiologista, explica em detalhes o que é a insuficiência cardíaca, abordando desde as causas mais comuns, como o infarto e os fatores de risco, até os sintomas que merecem atenção, como falta de ar, cansaço e inchaço nos membros inferiores.
Ela discute também as opções de tratamento, incluindo medicamentos, centros de reabilitação cardiopulmonar, uso de dispositivos como marcapassos e as situações em que o transplante cardíaco se torna necessário.
Além disso, Dra. Márcia reflete sobre o futuro dos tratamentos com inteligência artificial e robótica na cardiologia, trazendo insights sobre avanços esperados para pacientes com insuficiência cardíaca.
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O que é a insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca é uma condição séria que ocorre quando o coração perde sua capacidade de bombear sangue de maneira eficaz, comprometendo o fornecimento adequado de oxigênio e nutrientes para o corpo.
Isso pode acontecer devido ao enfraquecimento ou ao enrijecimento do músculo cardíaco. Embora o termo “insuficiência” possa soar como se o coração tivesse parado de funcionar completamente, a realidade é que ele ainda está ativo, mas não consegue atender às demandas do organismo.
Mas como essa condição se desenvolve? Muitas vezes, ela é consequência de outras doenças cardíacas ou fatores de risco mal controlados ao longo do tempo. Por exemplo, após um infarto, parte do músculo cardíaco pode ser danificada permanentemente, reduzindo sua capacidade de contração. Com o passar do tempo, isso pode levar à chamada “falha de bomba”, termo que descreve o enfraquecimento do coração.
Causas que Levam à Insuficiência Cardíaca
As causas da insuficiência cardíaca estão geralmente relacionadas a doenças ou condições que afetam o coração diretamente. O infarto do miocárdio é uma das principais causas, já que o dano ao tecido muscular pode comprometer sua função. Além disso, a hipertensão arterial crônica força o coração a trabalhar excessivamente, o que pode causar o aumento do músculo cardíaco e, eventualmente, sua falência.
Outras causas comuns incluem doenças das válvulas cardíacas, que podem interferir no fluxo adequado de sangue, e miocardite, uma inflamação do coração geralmente causada por infecções. Pessoas com histórico de cardiomiopatias também estão em risco, assim como aquelas com estilo de vida sedentário, má alimentação ou fatores genéticos.
Como Reconhecer os Sintomas
A insuficiência cardíaca pode se manifestar de várias maneiras, dependendo da gravidade da condição. Entre os sinais mais comuns está a falta de ar, especialmente ao realizar atividades físicas ou mesmo em repouso, nos casos mais avançados.
A fadiga e o cansaço constante são outros sintomas que podem ser confundidos com problemas menos graves, mas que requerem atenção.
O inchaço nas pernas e tornozelos, causado pelo acúmulo de líquidos, também é um sintoma típico. Em casos mais graves, pode ocorrer retenção de líquidos em outras partes do corpo, como o abdômen ou até o rosto, fazendo com que o paciente acorde com sensação de peso ou inchaço. Além disso, tosses persistentes, especialmente ao deitar, podem ser indícios de acúmulo de líquido nos pulmões.
Diagnóstico da insuficiência cardíaca
Detectar a insuficiência cardíaca requer uma avaliação cuidadosa feita por um cardiologista. O processo diagnóstico geralmente começa com uma análise detalhada dos sintomas e do histórico médico do paciente, seguida de um exame físico. Um eletrocardiograma pode revelar anormalidades na atividade elétrica do coração, enquanto o ecocardiograma, uma espécie de ultrassom, ajuda a visualizar o funcionamento do órgão e medir a fração de ejeção, que indica o quanto de sangue o coração consegue bombear.
Além disso, exames laboratoriais, como a dosagem de peptídeo natriurético tipo B (BNP), podem confirmar a presença de insuficiência cardíaca, especialmente em casos de dúvida diagnóstica.
Tratamentos Disponíveis
O tratamento da insuficiência cardíaca é amplo e visa tanto aliviar os sintomas quanto prevenir a progressão da doença. O uso de medicamentos desempenha um papel central.
Diuréticos, por exemplo, ajudam a reduzir o excesso de líquido no corpo, diminuindo o inchaço e a falta de ar. Já os betabloqueadores e os inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina) ajudam a controlar a pressão arterial e a reduzir o esforço do coração.
Nos casos mais graves, dispositivos médicos, como marcapassos ou desfibriladores implantáveis, podem ser necessários para regularizar o ritmo cardíaco ou ajudar o coração a bombear sangue de maneira mais eficaz. Em situações críticas, onde o coração está severamente comprometido, o transplante cardíaco pode ser a única solução.
A Importância da Reabilitação Cardiopulmonar
Após um diagnóstico de insuficiência cardíaca, muitos pacientes sentem que suas vidas estão limitadas. Atividades simples, como caminhar ou subir escadas, podem se tornar desafiadoras. É nesse ponto que a reabilitação cardiopulmonar se torna essencial.
Esses programas, oferecidos em centros especializados, são projetados para ajudar os pacientes a recuperar força e melhorar sua qualidade de vida.
Eles combinam exercícios supervisionados por profissionais de saúde, como médicos e fisioterapeutas, com educação sobre como gerenciar a condição no dia a dia. Esse acompanhamento reduz o risco de complicações e melhora o bem-estar físico e emocional do paciente.
Mudanças no Estilo de Vida Fazem Toda a Diferença
Embora o tratamento médico seja essencial, mudanças no estilo de vida são igualmente importantes para controlar a insuficiência cardíaca. Uma alimentação saudável, com baixo consumo de sal, ajuda a prevenir a retenção de líquidos e a manter a pressão arterial sob controle. A prática de exercícios leves, quando recomendada por um médico, pode fortalecer o coração e melhorar a resistência física.
Além disso, evitar o consumo de álcool e abandonar o tabagismo são passos fundamentais para proteger o coração de mais danos. Acompanhamento médico regular também é indispensável para monitorar a evolução da condição e ajustar os tratamentos conforme necessário.
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