O que é o Alzheimer? Geriatra Explica Tudo Sobre!
A seguir você confere o Papo com o Especialista N°11, o podcast do BosConsulta. O geriatra Dr. Paulo Camiz explica de forma clara o que é o Alzheimer, como a doença afeta o cérebro, quais são os sintomas iniciais (como alterações de memória recente) e como ela pode evoluir para mudanças comportamentais e desafios no dia a dia.
Entenda por que o diagnóstico precoce e o cuidado adequado fazem toda a diferença na qualidade de vida dos pacientes.
Conheça o trabalho do Dr. Paulo Camiz:
- Site: https://www.ogeriatra.com.br/
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O Alzheimer é uma das doenças mais temidas do envelhecimento. Muitas famílias lidam com dúvidas, incertezas e dificuldades ao perceber os primeiros sinais da doença em seus entes queridos. Mas afinal, o que é exatamente o Alzheimer? Como ele começa? Quais são os sinais de alerta? E como cuidar de quem sofre com esse tipo de demência?
O que é o Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e faz parte do grupo das síndromes demenciais, muito comuns na terceira idade. Essas síndromes envolvem a perda progressiva de funções cognitivas, como memória, linguagem e comportamento. O Alzheimer é o tipo mais conhecido e frequente entre elas.
A doença começa a se manifestar quando os neurônios da região do hipocampo – área responsável pela formação de novas memórias – começam a morrer. Por isso, o primeiro sinal de alerta é a dificuldade de registrar informações recentes, enquanto memórias antigas permanecem preservadas por mais tempo.
A Progressão da Doença
Conforme o Alzheimer avança, ele afeta não apenas a memória, mas também funções comportamentais e emocionais. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Alucinações visuais e auditivas (ver ou ouvir coisas que não existem)
- Distúrbios do apetite (comer muito ou muito pouco)
- Alterações do sono (inquietação noturna ou insônia)
- Agitação e agressividade, muitas vezes desencadeadas por situações do cotidiano
O Dr. Camiz ressalta que esses comportamentos podem ser agravados quando o idoso está em um ambiente confuso, mal iluminado, ou é abordado por cuidadores e familiares sem preparo adequado. Problemas sensoriais como baixa visão, perda auditiva ou a retirada de próteses (óculos, aparelho auditivo, dentadura) podem tornar a experiência ainda mais angustiante para o paciente, comprometendo sua comunicação e aumentando o risco de crises.
Diagnóstico Preciso
É importante entender que esquecer algo ocasionalmente não significa, necessariamente, Alzheimer. De acordo com o Dr. Paulo Camiz, o que deve acender um alerta é a mudança repentina no comportamento cognitivo. Uma distração pontual, como deixar uma panela no fogo, pode ser comum para algumas pessoas. No entanto, quando esse tipo de situação passa a ocorrer com alguém que antes era cuidadoso, o cenário muda.
Além disso, nem toda alteração de memória está ligada ao Alzheimer. Há outras condições que podem causar sintomas parecidos, como:
- Falta de vitamina B12
- Distúrbios da tireoide
- Presença de tumores ou hematomas no cérebro
- Hidrocefalia, que é o acúmulo anormal de líquido no cérebro
Por isso, o caminho mais seguro é buscar um diagnóstico com um profissional capacitado, que possa realizar uma análise clínica detalhada e solicitar os exames necessários. Hoje, já existem testes capazes de detectar a proteína beta-amiloide, associada à doença de Alzheimer, através de exames de imagem ou do líquor.
Embora esses recursos ainda tenham custo elevado e não sejam amplamente disponíveis, representam avanços importantes na confirmação do diagnóstico.
O Papel do Ambiente e do Cuidado Humanizado
A forma como a família, cuidadores e profissionais da saúde interagem com o idoso com Alzheimer influencia muito no seu bem-estar. O Dr. Camiz destaca que muitos surtos e agitações podem ser evitados se houver compreensão do estado cognitivo da pessoa e uma abordagem mais sensível às suas necessidades.
Imagine estar em um ambiente que você não reconhece, com pessoas estranhas, com sons confusos, pouca luz e ainda ser tocado ou chamado por alguém que você não entende. Essa é a realidade de muitos pacientes internados com Alzheimer ou outras demências.
Como a Família Pode Aprender e Lidar com a Doença
Receber o diagnóstico de Alzheimer em um familiar pode ser um momento delicado e repleto de dúvidas. A convivência com a doença exige paciência, empatia e, principalmente, informação qualificada. Quanto mais a família entende sobre o Alzheimer, mais preparada ela estará para oferecer apoio e promover qualidade de vida para a pessoa diagnosticada.
1. Busque conhecimento confiável
Entender como a doença afeta o cérebro, o comportamento e as funções do dia a dia é o primeiro passo. Participar de consultas médicas, fazer perguntas e procurar fontes confiáveis — como profissionais de saúde e instituições especializadas — ajuda a família a interpretar melhor os sinais e sintomas.
2. Adapte a rotina com cuidado
Ambientes bem iluminados, organizados e familiares ajudam a reduzir a desorientação. Criar uma rotina previsível, com horários para alimentação, banho e descanso, oferece segurança e conforto para o paciente.
3. Pratique a escuta e evite confrontos
Muitas vezes, a pessoa com Alzheimer terá dificuldade para lembrar de conversas, reconhecer pessoas ou compreender a realidade. Corrigir constantemente ou insistir em explicações pode gerar frustração. Em vez disso, é mais útil acolher, redirecionar o assunto com delicadeza e respeitar as emoções do momento.
4. Compartilhe os cuidados
Cuidar de alguém com Alzheimer é um processo contínuo e desafiador. Por isso, é fundamental dividir as tarefas entre familiares ou contar com o apoio de cuidadores capacitados. A sobrecarga física e emocional do cuidador pode comprometer todo o ambiente familiar.
5. Busque grupos de apoio
Conversar com outras famílias que vivem experiências semelhantes pode trazer conforto, trocas valiosas e novas estratégias para lidar com o dia a dia. Existem grupos presenciais e online que oferecem esse suporte, muitas vezes com acompanhamento de psicólogos e profissionais de saúde.
6. Mantenha o afeto
Apesar das limitações que a doença impõe, o vínculo afetivo continua sendo essencial. Um gesto de carinho, uma música preferida, uma conversa tranquila ou um toque de mão transmitem segurança e amor — sentimentos que, mesmo quando a memória falha, permanecem presentes.
Se você estivar sentindo algo diferente em seu corpo, lembre-se que aqui no BoaConsulta você encontra os melhores médico clínicos gerais, para consultas presenciais ou online!