Imagem ilustrativo sobre predisposição genética.

Predisposição genética: o que ela diz sobre a sua saúde?

Por que será que as pessoas têm um nariz? O que garante que serão formados dois olhos? Afinal, como nosso organismo regula tudo isso? O DNA é a chave! Diante da importância dele, existe uma grande preocupação das pessoas com a predisposição genética.

Se é ele quem indica como nosso corpo será formado e regulado ao longo dos anos, será que ela pode ditar o surgimento de uma doença? Bem, é um assunto complexo e sobre o qual precisamos conversar com mais calma.

Algumas doenças são totalmente influenciadas pelos genes ou pela formação dos cromossomos. Porém, nem tudo fica restrito a isso. Vamos ver que o ambiente e o estilo de vida têm papéis decisivos. Confira!

Entenda o que é predisposição genética

Como estávamos dizendo, a predisposição genética está associada com mutações em genes específicos ou nos cromossomos em si. No primeiro caso, se houver algo de errado nos genes, a regulação de diversos processos pode ser acometida. Como exemplo, temos a anemia falciforme, as hemofilias e várias outras doenças.

No segundo caso, o erro está no processo de divisão celular. Dessa forma, estamos falando das síndromes cromossômicas. O exemplo mais conhecido é a Síndrome de Down, conceituada pela presença de três cromossomos 21.

Imagem ilustrativa de cromossomos.
A predisposição genética está associada com mutações em genes específicos ou nos cromossomos.

Agora que você sabe esses dois tipos possíveis, vamos voltar ao primeiro. Os genes podem interagir com o organismo de diferentes formas.

Primeiro, podem influenciar de maneira sistêmica, controlando processos metabólitos. Se algo der errado na regulação do colesterol, por exemplo, o risco de doenças cardiovasculares pode aumentar.

Segundo, pode haver influência da alimentação para expressão gênica. Então, vemos que o ambiente também influencia. É aí que entra o conceito de epigenética.

Esse termo pouco conhecido defende que há uma interação entre o DNA e os elementos ambientes. Assim, mesmo que haja uma predisposição genética para determinada doença, outros fatores podem inibir ou ativar os genes afetados.

Saiba quais outros fatores influenciam

Já vimos que a predisposição genética, sozinha, não diz muita coisa. Então, precisamos analisar quais são os outros fatores que vão ter impacto na expressão dos genes.

Existe a grande preocupação da genética em casos de câncer. Mas você sabia que até 90% dos casos de tumores malignos estão relacionados com causas externas?

Isso escancara que os estilos de vida são muito mais determinantes que a predisposição genética. Porém, não vamos ignorar o papel que ela tem em conjunto com os hábitos de vida. Afinal, quais são os outros fatores? Podemos fazer uma lista deles:

  • Escolhas alimentares;
  • Prática de atividades físicas;
  • Tabagismo;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Horas de sono;
  • Manejo do estresse.

O grande detalhe é que os efeitos costumam ser analisados em longo prazo. Por isso, nem sempre as pessoas dão a devida atenção aos hábitos citados.

Veja algumas dicas de autocuidado

Se você é do tipo que não se importa com os estilos de vida e cuidados diários, que tal começar a mudar isso gradualmente.

Procure atendimento médico

Primeiro, busque ajuda com quem entende do assunto. É importante verificar periodicamente como anda sua saúde. Afinal, qual foi a última vez que você foi ao médico?

Se sua resposta indica que já faz mais de um ano, está na hora de fazer uma consulta. Isso não quer dizer ir em todas as especialidades médicas em busca de problemas. Na verdade, sua idade pode determinar quem procurar.

Paciente se consultando com médica.
Visitas periódicas ao médico pode prevenir e aumentar as chances de cura diante de doenças.

Quer um exemplo? É importante que pessoas mais velhas consultem um cardiologista. Já as mulheres, sobretudo, aquelas com vida sexual ativa, devem ir ao ginecologista. Homens não ficam de fora! Se tiver mais de 40 anos, é indispensável uma consulta com urologista.

Faça exames de rotina

Caminhando ao lado das consultas estão os exames de rotina. Vale reforçar que eles não são solicitados de maneira arbitrária. Para uma pessoa cujo IMC indica sobrepeso, por exemplo, é fundamental analisar como está o colesterol e a glicose.

Mulher realizando exames de rotina.
Exames de rotina são capazes de prevenir e antecipar o diagnóstico de doenças.

Há, ainda, os exames de rastreio de câncer. Se você é mulher e tem mais de 25 anos, provavelmente, já deve ter realizado o Papanicolaou. Ele faz uma análise das células do colo uterino, a fim de identificar alterações que indiquem neoplasia. Então, não menospreze os exames! Eles são essenciais para diagnóstico e detecção precoce de doenças.

Cuide da sua alimentação

Agora, os hábitos! Começando pela alimentação, não vamos defender nenhum tipo de dieta restritiva e rigorosa. Na verdade, vamos incentivar uma reeducação alimentar, com consumo consciente de cada alimento.

Prato de comidas naturais e variadas.
Optar por uma alimentação natural e sem alimentos processados é muito benéfico à saúde.

Evite, por exemplo, alimentos ultraprocessados, daqueles que é só fritar ou levar ao microondas. Coloque a mão na massa e prepare refeições saborosas, com temperos naturais e que valorizem as diferentes culturas.

Invista nas frutas, verduras e legumes. Nunca é demais reforçar que são escolhas práticas e saborosas para o dia a dia. Por fim, evite alimentos gordurosos e doces. Caso opte por eles, tenha moderação!

Pratique atividades físicas

Complementando uma boa alimentação, temos as atividades físicas, mas se você pensa que precisa contratar um profissional, muita calma. De fato, eles podem orientar melhor quanto aos exercícios, sobretudo, em academias.

Homem e mulher correndo no parque.
Homem e mulher fazendo exercícios estimulando a manutenção da saúde.

Porém, caso não seja financeiramente possível, não deixe de praticar outras atividades. Uma simples caminhada no parque, levar seu pet para passear ou, até mesmo, uma corrida na rua já ajudam bastante.

Além de fortalecer o sistema osteoarticular e melhorar as funções cardíaca e respiratória, isso vai contribuir para o controle do peso. Sabemos que a obesidade é fator de risco para uma série de condições. Então, mexa-se!

Evite cigarro e bebidas alcoólicas

Para finalizar, vamos para uma intervenção mais precisa: a cessação do tabagismo. O tabaco é um elemento que predispõe para diversos tipos de câncer, desde aqueles de cavidade oral até o de pulmão.

Mulher fumando e bebendo.
O uso em excesso de bebidas e cigarros ajudam a aumentar os riscos de aparecimento de doenças.

Se o consumo for associado às bebidas alcoólicas, o risco é ainda maior. Isso quer dizer que só beber não tem problema? De jeito nenhum! Nem o cigarro, nem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas deve ser aconselhado.

Para finalizar, devemos reforçar que a predisposição genética pode aumentar o risco de doenças. Porém, os hábitos de vida também são determinantes.

Por isso, não deixe para cuidar da sua saúde quando o problema aparecer. Desde já, busque por estilos de vida mais saudáveis, que permitam um envelhecimento tranquilo e aumentem a expectativa de vida.

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