Principais Causas de Quedas em Idosos e Como Preveni-las!
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10 Principais Causas de Quedas em Idosos e Como Preveni-las!

As quedas em idosos são um problema sério que pode trazer consequências graves para a saúde e a qualidade de vida. Neste trecho do episódio 11 do Papo com Especialista, o geriatra e clínico geral Dr. Paulo Camiz explica quais são as principais causas dessas quedas e como preveni-las.

Entre os fatores de risco estão tonturas, efeitos colaterais de medicamentos, perda de força muscular (sarcopenia) e obstáculos no ambiente, como tapetes soltos, calçados inadequados e falta de adaptações em casa, especialmente no banheiro.

Além disso, o Dr. Paulo destaca que quedas frequentes podem levar à imobilidade e aumentar o risco de complicações, como pneumonias. Com informações essenciais para familiares e cuidadores, este episódio traz dicas práticas para garantir mais segurança e bem-estar para os idosos. Não perca!

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As quedas em idosos são um dos principais fatores de risco para complicações graves de saúde, afetando a autonomia e a qualidade de vida. O geriatra e clínico geral Dr. Paulo Camiz, em entrevista ao podcast Papo com Especialista, destacou as principais causas desse problema e como preveni-lo. A seguir, exploramos os fatores que mais contribuem para quedas e as melhores estratégias para evitá-las.

1. Tontura e desequilíbrio

A tontura é uma das razões mais comuns para quedas em idosos. Ela pode ocorrer por diversos motivos, incluindo problemas no ouvido interno, pressão arterial instável ou até mesmo efeitos colaterais de medicamentos.

O idoso que sofre de tontura tende a perder o equilíbrio facilmente, o que aumenta as chances de quedas repentinas. Identificar a causa da tontura é essencial para tratá-la corretamente. Consultar um médico para avaliar os sintomas e ajustar possíveis tratamentos pode reduzir significativamente esse risco.

2. Efeito colateral de medicamentos

Certos medicamentos podem afetar o equilíbrio e a coordenação motora dos idosos. O Dr. Paulo Camiz destaca que remédios psicotrópicos, relaxantes musculares e outros que agem no sistema nervoso podem deixar o idoso mais vulnerável.

Muitas vezes, um remédio para dor ou para dormir pode aliviar um sintoma, mas causar fraqueza e dificuldade de locomoção. Por isso, é fundamental revisar as medicações periodicamente com um geriatra, ajustando doses e substituindo aqueles que possam representar um risco maior.

3. Perda de força muscular e sarcopenia

A sarcopenia, condição caracterizada pela perda de massa muscular e força com o envelhecimento, compromete a estabilidade dos idosos e dificulta sua capacidade de reagir a desequilíbrios.

Quando os músculos estão enfraquecidos, o idoso pode ter dificuldades para caminhar com segurança ou levantar-se de cadeiras e camas. Para prevenir esse problema, é importante estimular a prática de exercícios físicos regulares, priorizando fortalecimento muscular e equilíbrio. Além disso, uma alimentação equilibrada, rica em proteínas, contribui para a manutenção da força e mobilidade.

4. Uso de calçados inadequados

O tipo de calçado utilizado por um idoso pode ser um fator determinante para a sua segurança. O Dr. Paulo faz um alerta sobre o perigo do uso de chinelos, especialmente sandálias Havaianas, que podem escorregar e não oferecem estabilidade suficiente.

Calçados com solado muito liso ou frouxos nos pés aumentam o risco de tropeços e quedas. O ideal é optar por sapatos fechados, com solado antiderrapante e que proporcionem um ajuste seguro aos pés.

5. Tapetes e obstáculos no ambiente

Dentro de casa, alguns detalhes podem representar verdadeiras armadilhas para os idosos. Tapetes soltos, por exemplo, são um grande risco, pois podem deslizar ou formar ondulações que causam tropeços.

Outros obstáculos, como móveis mal posicionados e fios elétricos expostos, também podem dificultar a locomoção segura. Para minimizar esses perigos, é importante manter os cômodos organizados, remover tapetes soltos ou fixá-los firmemente ao chão e garantir que os corredores e passagens estejam sempre livres.

6. Banheiros sem adaptações

O banheiro é um dos locais onde os idosos mais caem, pois o piso molhado e a falta de apoio adequado aumentam o risco de escorregões. Muitos acidentes ocorrem ao entrar e sair do box, principalmente quando não há barras de segurança.

Além disso, a ausência de tapetes antiderrapantes e de assentos elevados no vaso sanitário pode tornar a movimentação dentro do banheiro ainda mais perigosa. Para evitar quedas, é essencial adaptar o ambiente, instalando barras de apoio, utilizando tapetes antiderrapantes e garantindo uma boa iluminação no local.

7. Degraus e desníveis dentro de casa

O design da casa pode ser um fator de risco para quedas. Pequenos degraus entre cômodos, desníveis no piso e escadas sem corrimão são desafios para idosos que já apresentam dificuldades de mobilidade.

O Dr. Paulo comenta que, muitas vezes, a arquitetura de uma residência pode parecer bonita, mas não é funcional para pessoas mais velhas.

A melhor solução é eliminar desníveis sempre que possível e, quando não for viável, garantir que estejam bem sinalizados e acompanhados de apoios seguros.

8. Iluminação inadequada

A falta de iluminação adequada dentro de casa pode dificultar a visão e aumentar as chances de quedas. Ambientes escuros dificultam a percepção de obstáculos, especialmente à noite, quando o idoso pode se levantar para ir ao banheiro ou se deslocar por outros cômodos. Um dos cuidados essenciais é garantir uma iluminação eficiente, com luzes noturnas em corredores, banheiros e quartos. Isso reduz o risco de tropeços e oferece mais segurança nos deslocamentos noturnos.

9. Problemas de visão

Com o avanço da idade, problemas como catarata, glaucoma e degeneração macular podem comprometer a visão dos idosos, dificultando sua percepção de profundidade e contraste. Isso pode fazer com que pequenos obstáculos no chão, como tapetes ou degraus baixos, se tornem perigosos.

Para evitar quedas relacionadas à visão, é fundamental que o idoso faça exames oftalmológicos regularmente, utilize óculos com a prescrição correta e mantenha os ambientes bem iluminados para melhor percepção do espaço.

10. Imobilidade após quedas anteriores

Muitos idosos que já sofreram quedas desenvolvem um medo intenso de cair novamente. Esse receio pode levá-los a reduzir suas atividades diárias, o que, por sua vez, contribui para a perda de mobilidade e força muscular, aumentando ainda mais o risco de novas quedas.

O Dr. Paulo explica que esse ciclo pode ser quebrado com estímulos adequados, como a prática de exercícios supervisionados, acompanhamento de fisioterapeutas e a criação de um ambiente seguro dentro de casa. Além disso, a confiança do idoso pode ser restaurada gradualmente com o apoio da família e de profissionais de saúde.

Como Prevenir Quedas em Idosos?

A prevenção de quedas em idosos exige um conjunto de cuidados que envolvem tanto a saúde quanto o ambiente onde vivem. Algumas medidas simples podem fazer toda a diferença na segurança e qualidade de vida.

Manter um acompanhamento médico regular é essencial para identificar e tratar fatores de risco como tonturas, problemas de visão e efeitos colaterais de medicamentos.

O fortalecimento muscular, através da prática de exercícios físicos, ajuda a melhorar o equilíbrio e a mobilidade, reduzindo a vulnerabilidade do idoso a quedas. Além disso, a adaptação da casa é fundamental.

Retirar tapetes soltos, instalar barras de apoio no banheiro, garantir uma boa iluminação nos ambientes e utilizar calçados adequados são estratégias simples, mas muito eficazes.

A família e os cuidadores também desempenham um papel importante, incentivando o idoso a manter-se ativo e criando um ambiente seguro e confortável para sua rotina. A prevenção é a chave para evitar acidentes e garantir que o idoso possa viver com mais autonomia e tranquilidade.

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