Principais Riscos Associados à Arritmia Cardíaca Não Tratada
Neste trecho do podcast com a Dra. Márcia Cardoso, cardiologista, discutimos os principais riscos associados à arritmia cardíaca não tratada e como ela pode impactar a qualidade de vida.
A Dra. Márcia explica a diferença entre arritmias benignas e malignas, destacando a importância de identificar e tratar as mais graves, como as ventriculares, que podem levar a complicações severas, como parada cardíaca e fibrilação.
Ela também aborda sintomas comuns, como cansaço extremo, sensação de fraqueza e batimentos cardíacos irregulares, além de apresentar tratamentos eficazes, como a ablação. O episódio ainda traz relatos pessoais que ilustram a necessidade de buscar ajuda médica ao menor sinal de desconforto.
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A arritmia cardíaca é uma alteração no ritmo dos batimentos do coração, que pode se apresentar de forma rápida, lenta ou irregular. Embora algumas arritmias sejam benignas, outras podem representar sérios riscos à saúde se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente.
Neste artigo, você entenderá os principais perigos associados a uma arritmia cardíaca não tratada e descobrirá por que o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações graves.
O que é a arritmia cardíaca?
Arritmia é o termo usado para descrever qualquer irregularidade nos batimentos cardíacos. Essas alterações podem ocorrer devido a problemas no sistema elétrico do coração, responsável por controlar o ritmo dos batimentos. Existem dois tipos principais de arritmias:
- Arritmias benignas: Geralmente não representam risco significativo à saúde e, em alguns casos, podem não exigir tratamento.
- Arritmias malignas: São mais graves, podendo levar a complicações sérias, como parada cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e até morte súbita.
Saber diferenciar esses tipos e identificar os sinais é fundamental para evitar complicações graves.
10 Principais Riscos de Não Tratar a Arritmia Cardíaca
Abaixo, listamos os 10 riscos mais graves que podem surgir quando uma arritmia cardíaca não é tratada. Além disso, detalhamos como cada um pode afetar a saúde e a qualidade de vida do paciente.
- Fibrilação atrial e risco de AVC
A fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia, pode levar à formação de coágulos no coração. Esses coágulos podem ser transportados pela corrente sanguínea e causar um acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em pacientes com fatores de risco adicionais, como hipertensão ou diabetes. - Insuficiência cardíaca
A arritmia não tratada pode sobrecarregar o coração, reduzindo sua capacidade de bombear sangue de maneira eficiente. Com o tempo, isso pode levar à insuficiência cardíaca, uma condição em que o coração não consegue atender às demandas do corpo. - Parada cardíaca súbita
Certos tipos de arritmia, especialmente aquelas originadas nos ventrículos (como a taquicardia ventricular), podem desencadear uma parada cardíaca súbita, que exige intervenção imediata para evitar óbito. - Desenvolvimento de cardiomiopatia
Quando o coração precisa lidar com batimentos descoordenados ou muito rápidos por períodos prolongados, isso pode resultar em cardiomiopatia induzida pela arritmia, que enfraquece o músculo cardíaco. - Fadiga crônica e cansaço extremo
Uma arritmia não diagnosticada pode causar sensação persistente de cansaço, como se o corpo estivesse em constante esforço, mesmo em repouso. Isso afeta a qualidade de vida de forma significativa. - Síncope (desmaios)
A redução súbita do fluxo sanguíneo para o cérebro causada por uma arritmia pode levar a episódios de síncope. Esses desmaios podem ser perigosos, especialmente se ocorrerem durante atividades como dirigir. - Dificuldade de concentração e confusão mental
A redução do fluxo de oxigênio para o cérebro pode afetar funções cognitivas, levando a dificuldade de concentração, lapsos de memória e sensação de confusão. - Danos permanentes ao coração
Arritmias graves, quando não tratadas, podem levar a danos estruturais no coração, comprometendo sua funcionalidade de forma irreversível. - Complicações durante a gravidez
Mulheres grávidas que apresentam arritmias não tratadas podem enfrentar complicações como pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal ou até parto prematuro. - Redução na expectativa de vida
A falta de controle de uma arritmia pode reduzir a expectativa de vida, principalmente em pacientes que desenvolvem complicações cardiovasculares associadas.
Importância do Diagnóstico e Acompanhamento
O diagnóstico precoce é essencial para prevenir os riscos acima. Muitos pacientes podem não apresentar sintomas claros ou sentir apenas sinais inespecíficos, como cansaço ou desconforto. Por isso, exames como o Holter 24 horas e o eletrocardiograma são indispensáveis para identificar a presença e o tipo de arritmia.
Exames Comuns para Diagnóstico:
- Eletrocardiograma (ECG): Registra a atividade elétrica do coração em repouso.
- Holter 24 horas: Monitora os batimentos cardíacos ao longo do dia para identificar padrões irregulares.
- Ecocardiograma: Avalia a estrutura do coração e sua funcionalidade.
- Estudo eletrofisiológico: Exame mais invasivo para determinar a origem exata da arritmia.
Cuidados e Tratamentos Disponíveis
O tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade da arritmia, mas os avanços médicos permitem que a maioria dos casos seja controlada ou resolvida. Algumas opções incluem:
- Medicamentos antiarrítmicos
Utilizados para controlar a frequência cardíaca e corrigir os ritmos irregulares. - Ablação cardíaca
Procedimento minimamente invasivo em que a área causadora da arritmia é “queimada” para interromper os impulsos elétricos anormais. É eficaz em muitos casos, eliminando o problema de forma definitiva. - Cardioversão elétrica
Método que utiliza um choque elétrico controlado para restaurar o ritmo cardíaco normal. - Uso de dispositivos como marcapasso ou desfibrilador implantável
Indicados para pacientes com arritmias mais graves ou risco de parada cardíaca. - Mudanças no estilo de vida
Evitar estimulantes (cafeína, álcool), controlar o estresse e praticar exercícios físicos sob supervisão médica são ações que ajudam a prevenir e tratar arritmias.
Orientação final da Dra. Marcia Cardoso
A arritmia cardíaca é uma condição séria que não deve ser ignorada. Mesmo em casos assintomáticos, a falta de tratamento pode levar a complicações graves e impactar profundamente a qualidade de vida. Por isso, é fundamental buscar atendimento médico ao menor sinal de desconforto ou irregularidade nos batimentos cardíacos.
Com os avanços no diagnóstico e nas opções de tratamento, a maioria dos casos pode ser controlada de forma eficaz, garantindo mais saúde e bem-estar para o paciente. Cuide do seu coração – ele é o motor da sua vida.
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