Qual exame detecta síndrome do pânico? E como é realizado o tratamento do transtorno? Entenda isso e muito mais!
A Síndrome do Pânico se tornou um transtorno muito comum nos dias de hoje. Estatísticas indicam que 4 a 6 milhões de brasileiros sofram atualmente com esse distúrbio.
Apesar do alto número, essa síndrome é difícil de ser diagnosticada devido aos sintomas que apresenta. Seus indícios são muitas vezes confundidos com os sintomas de infarto.
Frente a isso, vale a pena o questionamento: como detectar a síndrome do pânico? Há algum exame que possa auxiliar nesse diagnóstico? Qual exame seria? Confira a resposta para essa e outras perguntas a seguir.
Qual exame fazer para detectar a Síndrome do Pânico?
Segundo especialistas, atualmente ainda não existe um exame específico para a confirmação do diagnóstico da Síndrome do Pânico. A estratégia muitas vezes utilizada por profissionais da área é realizar uma série de exames para eliminar outras possíveis causas clínicas para os sintomas apresentados pelo paciente.
Alguns dos exames que podem ser solicitados por seu médico ou psiquiatra durante esse processo são o exame de sangue e o eletroencefalograma, por exemplo. Dessa forma, pode-se excluir problemas de saúde como hipertireoidismo, feocromocitoma (uma espécie de tumor nas glândulas adrenais) e doenças cardiovasculares.
A realização desses exames é necessária e pode ser fundamental para traçar o histórico médico do paciente, de maneira a determinar se ele possui a síndrome do pânico através do método de exclusão de outras possibilidades orgânicas.
De qual outra maneira é possível diagnosticar a Síndrome do Pânico?
Geralmente a primeira etapa realizada por um clínico geral, psiquiatra ou psicólogo é a anamnese, que se trata de uma entrevista com a finalidade de recolher a maior quantidade possível de informações e dados sobre o paciente.
Nesse momento, o profissional pergunta ao paciente sobre possíveis sintomas, mudanças de comportamento e demais sinais que possam ser indicativos para indicar um problema de saúde. Quanto mais detalhes, melhor. Também é nessa etapa que o profissional define quais serão os exames de saúde realizados.
Em alguns casos, pode ser considerada necessária a realização de uma avaliação neuropsicológica. Trata-se de um exame que visa investigar a influência do funcionamento do cérebro nas funções cognitivas, emocionais e comportamentais.
Através da história clínica do paciente associado ao exame psíquico e a exclusão de causas orgânicas se pode chegar ao diagnóstico do problema.
Agora, qual o melhor momento para procurar ajuda de um profissional? Confira a seguir.
Como saber quando devo procurar ajuda profissional?
O transtorno do pânico, como o próprio nome já sugere, é caracterizado por crises recorrentes de pânico, e resulta de um distúrbio de ansiedade. Os sintomas dessas crises incluem tremores, taquicardia, dor no peito, falta de ar, suores, náusea, intenso medo de morrer ou de perder o controle.
Devido ao fato de seus sintomas físicos serem tão intensos, muitas pessoas cogitam estar tendo um infarto, um AVC ou algum outro problema de origem cardiovascular, recorrendo à emergência para receber atendimento médico. O impacto causado por esses sintomas no organismo é tão forte que muitas pessoas relatam uma sensação de morte iminente.
Os ataques de pânico que compõem a Síndrome do Pânico geralmente ocorrem de maneira súbita, sem causa aparente. Isso também pode dificultar o diagnóstico, levando as pessoas a se confundirem em função dos sintomas e da falta de fatores que pudessem levar a um pico de ansiedade tão forte.
Além disso, muitas pessoas acabam apresentando mudanças no comportamento, mesmo que de maneira inconsciente. O intuito é evitar a ocorrência de possíveis crises. Portanto, se algo leva o paciente a crer que sua crise de pânico está relacionada a um lugar específico, por exemplo, ele provavelmente vai evitar de retornar a esse local.
Se você se identifica com esse quadro, pode estar tendo crises de pânico. Atentar para os sintomas e observar a frequência desses episódios é fundamental. Não hesite em procurar um médico quanto antes, pois os ataques de pânico podem evoluir para a Síndrome do Pânico, caracterizada justamente pela recorrência dessas crises.
A cura da Síndrome do Pânico pode não ser uma garantia oferecida pela comunidade médica, mas com o acompanhamento profissional adequado é possível que seja controlada até eventualmente significar a cura e alta do paciente. Quanto antes você procurar por ajuda, melhor, pois o tratamento para a Síndrome do Pânico pode ser longo. Dessa forma, você evita que o quadro evolua e te cause ainda mais prejuízos psíquicos e emocionais.
Confira a seguir como funciona o tratamento para a Síndrome do Pânico.
Qual o tratamento para a Síndrome do Pânico?
O tratamento para esse distúrbio de ansiedade é feito através de psicoterapia e medicação, que deve ser prescrita por um médico psiquiatra. A duração do tratamento depende da gravidade do problema, e pode variar de meses a anos.
Os medicamentos utilizados nesses casos são os antidepressivos e os ansiolíticos, que servem para ajudar a pessoa se sentir melhor. Tanto os antidepressivos quanto os ansiolíticos atuam diretamente sobre o Sistema Nervoso Central, regulando a liberação de neurotransmissores químicos.
O antidepressivo contribui com o aumento da concentração de substâncias como a dopamina, noradrenalina e serotonina, entre outras. As vias cerebrais fazem uso dessas substâncias para proporcionar bem estar emocional.
Já o ansiolítico potencializa a ação do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), que possui efeito inibitório sobre o Sistema Nervoso Central, reduzindo a ansiedade e a agressividade e proporcionando a sensação de calma e relaxamento.
É essencial que a administração de ambos esses medicamentos seja feita com o acompanhamento de um médico psiquiatra, pois seus efeitos podem causar dependência ao paciente.
A psicoterapia, por sua vez, atua de forma a ajudar o paciente a entender o problema e a lidar da melhor forma possível com ele. Através dela, é possível resgatar a autoconfiança, estando melhor capacitado a encarar as crises de pânico. O ideal nesses momentos é que a pessoa tente se acalmar, pois apesar da sensação ser avassaladora, ela passa depois de um tempo. É importante ter isso em mente.
As causas da síndrome do pânico ainda são consideradas um mistério para a medicina. Ela pode ser desencadeada por uma experiência traumática ou por outros problemas de saúde mental. Pode, ainda, ser multifatorial, como resultado de uma vida com ritmo intenso, cotidiano estressante, hábitos de vida não saudáveis (como fumar, ingerir bebidas alcoólicas, usar drogas e substâncias estimulantes como a cafeína).
Preste atenção aos sinais que seu corpo está te enviando, e não hesite em procurar a ajuda de um profissional. O acompanhamento médico e psicológico é a única forma de controlar a Síndrome do Pânico.
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