Homem recebendo tratamento de Síndrome do Pânico.
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Quanto tempo leva para se livrar da síndrome do pânico?

A Síndrome do Pânico é uma condição vinculada à ocorrência de crises repentinas de ansiedade aguda, definidas pela sensação de medo e desespero junto de sintomas físicos intensos. Quem é diagnosticado com essa doença precisa passar pelo tratamento junto de um médico psiquiatra. 

Trata-se de um distúrbio comum hoje em dia, o que não significa que deva ser negligenciado. Pelo contrário, o tratamento da Síndrome do Pânico é fundamental para obter melhoras. Confira a seguir mais informações sobre o distúrbio, como é o tratamento e quanto tempo pode levar. 

O que causa a síndrome do pânico?

A ocorrência frequente e repentina de crises de pânico é o que caracteriza a síndrome do pânico. Esses episódios são muitas vezes inesperados, o que dificulta a identificação do que poderia causá-los ou agravar seus sintomas.

O que se sabe é que se trata de um distúrbio que acontece em função de altos níveis de ansiedade. Sendo assim, traumas, preocupações excessivas, estresse e sobrecarga emocional são alguns dos possíveis fatores que favorecem o surgimento de episódios de pânico. Predisposição genética e o uso abusivo de álcool, drogas e certos medicamentos também podem estar envolvidos. 

A primeira crise pode acontecer em qualquer idade, mas observa-se uma tendência maior para que ocorra na adolescência ou no início da vida adulta, sem motivo aparente. Pode se repetir em intervalos aleatórios: no mesmo dia ou após meses e até anos. 

Ilustração de adolescente e jovem adulta com medo.
A Síndrome do Pânico afeta principalmente adolescentes e jovens no início da vida adulta.

A imprevisibilidade desses episódios gera um estado ainda maior de tensão e ansiedade. Não saber quando uma nova crise vai acontecer é capaz de gerar um medo paralisante, propício até mesmo ao desenvolvimento de demais problemas de saúde, como outras fobias

É possível que mudanças de comportamento decorram disso, ao evitar lugares fechados ou espaços com grande circulação de pessoas, por exemplo, por acreditar que podem favorecer uma crise ou impossibilitar que a pessoa consiga sair do local durante um episódio. 

São diversas as consequências cotidianas em detrimento dos ataques de pânico. Questões essas que, juntamente com os sintomas, contribuem com o diagnóstico, e devem ser observadas durante o tratamento. 

Em seguida, veremos como é feito o diagnóstico desse distúrbio. 

Como é feito o diagnóstico?

A síndrome do pânico é diagnosticada por meio dos critérios definidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM-5. Segundo o que consta na publicação, trata-se de “um dos transtornos de ansiedade, caracterizado por ataques de pânico recorrentes acompanhados por uma persistente preocupação com ataques adicionais e alterações mal adaptativas do comportamento”.

Conclui-se, portanto, que uma crise isolada ou o medo intenso diante de situações que apresentam ameaças reais não seriam o suficiente para firmar o diagnóstico da doença. 

Além disso, é necessário cuidado para diferenciar o quadro de outras doenças como hipertireoidismo, hipoglicemia, epilepsia e ataques cardíacos. Esses problemas possuem sintomas semelhantes à síndrome do pânico, e por isso é necessário avaliar todas as alternativas. Para evitar qualquer ambiguidade no diagnóstico, o médico realiza uma série de etapas de análise, partindo da anamnese até a realização de exames, com o propósito de excluir outras potenciais causas dos sintomas. 

Mulher com sintomas de crise de pânico e ilustração de avaliação profissional.
A análise profissional é fundamental para descartar a possibilidade de outras patologias.

A anamnese é a etapa inicial desse processo. Nesse momento, o profissional recolhe o máximo de informações possíveis do paciente, como sintomas, mudanças de comportamento, questões genéticas, uso de medicamentos e substâncias e outros sinais que possam indicar um problema de saúde. A partir desse detalhamento, o médico define os exames a serem realizados em seguida. 

Um dos procedimentos possíveis é a avaliação neuropsicológica, cujo objetivo é o de investigar as condições das funções cognitivas, emocionais e comportamentais. 

Associando o histórico clínico do paciente à exclusão de causas orgânicas é possível chegar ao diagnóstico, que pode ser de síndrome do pânico. Ao identificar o problema, chegou o momento de iniciar o tratamento. Cabe ao psiquiatra definir qual o melhor caminho levando em função as condições do paciente. 

Quanto tempo dura o tratamento da síndrome do pânico?

O tratamento contra a síndrome do pânico geralmente parte da combinação entre psicoterapia e medicação prescrita pelo psiquiatra. Sua duração varia de acordo com a gravidade do problema.

Mesmo após uma significativa melhora, o tratamento não deve ser interrompido para não haver o risco de reaparecimento dos sintomas, levando em conta que as crises podem voltar a acontecer mesmo após anos. 

É responsabilidade do psiquiatra definir o melhor momento para realizar a alta do paciente. Estima-se que o tratamento pode levar alguns anos, ainda que a melhora seja sentida após algumas semanas com a medicação adequada e adoção da psicoterapia. 

Ilustração de correção de problemas psíquicos que ocasionam síndrome do pânico.
A psicoterapia, além de ajudar no tratamento da síndrome do pânico, te ajuda a se entender.

A terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens possíveis nesse caso, já que faz uso de métodos que se mostraram eficazes em tratamentos de síndrome do pânico. Um deles é a exposição sistemática, gradual, controlada e progressiva de situações que provocam pânico no paciente. Isso é feito com o objetivo de provocar a sua dessensibilização diante do fator considerado gatilho.  

Uma vez determinada a alta do paciente, é preciso que a medicação seja descontinuada de maneira progressiva, a fim de evitar recaídas ou abstinência. 

Como saber se tenho síndrome do pânico?

A única forma de saber se você tem síndrome do pânico é por meio da observação dos sintomas que formam a crise. Verifique-os a seguir: 

  • Dor, pressão ou desconforto na região do peito; 
  • Palpitações e taquicardia; 
  • Dificuldade para respirar;
  • Sudorese;
  • Náusea;
  • Ondas de calor e calafrios; 
  • Tontura; 
  • Tremores e formigamento; 
  • Medo desmedido da morte.

Vale reiterar que as crises são repentinas e acontecem sem motivo aparente, e os sintomas acima apresentados geralmente atingem seu pico de intensidade em até 10 minutos. O episódio de pânico pode levar em média até 30 minutos. Por piores que sejam as sensações e sintomas vivenciados durante a crise, é importante ter em mente que ela é passageira.

Se os sintomas te parecem familiares, e você acredita que tem ou já teve algum episódio de pânico, não hesite em consultar um médico. Quanto antes feito o diagnóstico da doença, mais promissor tende a ser o seu tratamento.

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