Mulher com medo olhando pela janela enquanto fala ao telefone.
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Síndrome do Pânico: o que é, causas, sintomas e tratamento! Descubra tudo sobre o assunto!

Quando em desequilíbrio, a ansiedade pode dar origem a diversos problemas para a saúde física e mental. Entre eles está a Síndrome do Pânico, um transtorno psiquiátrico que requer tratamento. 

Estima-se que cerca de 280 milhões de pessoas ao redor do mundo sofram com a Síndrome do Pânico, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a doença atinge atualmente em torno de 4% da população, de acordo com informações divulgadas pela Academia Paulista de Psicologia.

Os dados são alarmantes e qualquer pessoa com altos níveis de estresse e ansiedade pode vir a desenvolver o transtorno. A seguir, confira tudo o que você precisa saber sobre a síndrome do pânico. 

O que causa a Síndrome do Pânico?

O transtorno é caracterizado pela ocorrência de crises de pânico que podem acontecer de maneira súbita, sem qualquer motivo aparente que justifique seus sintomas. 

A síndrome do pânico pode acontecer a partir de uma experiência traumática, como resultado de outros problemas relacionados à saúde mental, por predisposição genética, em função do abuso de substâncias como o álcool, drogas ou determinados medicamentos, ou ainda, como consequência de um estilo de vida agitado e estressante.

Ainda não se sabe ao certo o que de fato determina o início de uma crise, mas há algumas hipóteses do que fazer para evitá-las. Como se trata de um distúrbio em decorrência de altos níveis de ansiedade, o caminho indicado por muitos profissionais para prevenir o surgimento desse tipo de problema, requer algumas mudanças de hábitos com a finalidade de levar uma vida mais tranquila.

Sono de qualidade, alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e meditação são algumas sugestões possíveis. São hábitos saudáveis que contribuem para garantir o bem-estar e o equilíbrio da saúde mental. 

Ilustração de pessoas com rotinas saudáveis.
Manter um estilo de vida saudável contribui para a prevenção da Síndrome do Pânico.

Os episódios de pânico muitas vezes acontecem em situações cotidianas, que não representam qualquer ameaça ou risco. Ainda assim, uma das sensações mais intensas sentidas durante uma crise é a de que algo horrível está para acontecer, ou de que a morte se aproxima. Quem passa por uma dessas crises, enxerga perigo onde não tem. 

Isso acontece por conta de um alarme falso disparado pelo cérebro, que libera adrenalina no organismo, uma substância muito útil para gerar reações frente a situações de perigo. O desequilíbrio característico da síndrome do pânico está justamente na liberação desse hormônio durante circunstâncias nas quais ele não se faz necessário. 

A situação em que a primeira crise ocorre geralmente acaba moldando futuras possíveis crises e até mesmo o comportamento. Se o episódio acontece durante uma viagem de avião, por exemplo, esse contexto tende a ficar marcado como um trauma, e uma possível consequência disso é que a pessoa evite se colocar naquela situação novamente, com o receio de que isso favoreça um novo ataque de pânico. 

Essa mudança de comportamento pode se ampliar cada vez mais, limitando o cotidiano de quem sofre com a doença. Por isso, atividades cotidianas como trabalhar, ir ao cinema ou dirigir se tornam muitas vezes tarefas difíceis de serem encaradas. 

Agora que entendemos as características da psicopatologia, vamos compreender melhor quais são seus principais sintomas, continue lendo.

Quais os sintomas da síndrome do pânico? 

As crises que compõem a síndrome do pânico se manifestam a partir de sintomas físicos e emocionais intensos, mais acentuados do que os de uma crise de ansiedade e geram grande sofrimento psíquico. 

Entre os sintomas físicos estão falta de ar, náusea, tremores, formigamento, ondas de calor, sudorese, tonturas, dor ou desconforto na região do peito e aumento da frequência cardíaca. Esses últimos sintomas requerem uma atenção especial, já que também estão presentes em problemas de saúde relacionados ao coração. Não por acaso, muitas pessoas que vivenciam uma crise de pânico pela primeira vez acreditam estar tendo um infarto

Mulher com a mão no coração.
Durante a crise de pânico é comum a pessoa pensar que está infartando.

Esses são os sintomas físicos mais comuns presentes em uma crise de pânico. Além deles, há também os sintomas emocionais, como o medo profundo da morte, como se fosse algo prestes a acontecer, e a sensação de estar a ponto de perder o controle sobre si mesmo, a beira de enlouquecer. Além disso, seus sintomas são tão intensos que mesmo depois que a crise acaba, fica o medo de que novas crises aconteçam. 

Muitas pessoas diagnosticadas com síndrome do pânico usam a expressão “medo de ter medo” para se referir a essas sensações, o que é uma característica da agorafobia, que pode ser desenvolvida a partir das crises.  

Ataques de pânico duram em média até 30 minutos, e podem se repetir em intervalos de tempo variados: dias, semanas ou até mesmo anos depois. De qualquer forma, o melhor a se fazer é procurar um psicólogo ou médico psiquiatra, que vai avaliar o seu quadro e a necessidade de iniciar um tratamento. Confira a seguir como funciona o tratamento de Síndrome do Pânico.

Como é o tratamento?

A associação entre psicoterapia e psicofarmacológicos é o caminho geralmente adotado para dar conta dos sintomas e crises da síndrome do pânico. São duas linhas de tratamento que se complementam, comumente ministradas por um psicólogo e um psiquiatra, respectivamente. 

Enquanto a psicoterapia age na investigação dos fatores que podem ter contribuído com o desenvolvimento da doença, a medicação pode servir como um alívio para os sintomas.

O paciente pode sentir a melhora após algumas semanas, o que não significa que o tratamento deva ser abandonado. Pelo contrário: estima-se que o paciente com diagnóstico de síndrome do pânico leve alguns anos para receber alta. Esse acompanhamento é necessário para não abrir margens para o reaparecimento dos sintomas. 

Ilustração de tratamento terapêutico e com medicamentos.
A psicoterapia e Farmacológicos são fundamentais para a remissão do paciente com Síndrome do Pânico.

Com os episódios de pânico controlados, o paciente pode voltar a trabalhar e exercer outras tarefas que foram restringidas devido aos sintomas incapacitantes. 

Cabe ao psiquiatra determinar o melhor momento para a alta do paciente. A partir disso, a medicação deve ser descontinuada de maneira progressiva para evitar problemas como a abstinência. 

O tratamento é fundamental para enfrentar essa patologia, pois devolve autoconfiança e qualidade de vida a quem sofre com suas crises. Quanto antes iniciado, menos chances a doença tem de evoluir e se agravar. Se você tem ou já teve uma crise de pânico conforme os sintomas descritos nesse artigo, procure ajuda de um psicólogo ou de um psiquiatra.

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