Sintomas e Diagnóstico da Lesão Menical Especialista explica tudo sobre!
Este é um trecho do podcast completo, no qual o Dr. Adriano Leonardi fala exclusivamente sobre lesões meniscal. Neste corte, o especialista explica quais são os principais sintomas de uma lesão meniscal e como cada sintoma tem uma relação direta com o diagnóstico.
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O que é uma Lesão Meniscal?
A lesão meniscal ocorre quando um dos meniscos do joelho, que são estruturas em formato de “C” feitas de cartilagem, sofre danos. Os meniscos têm uma função essencial de amortecer o impacto entre os ossos da perna e da coxa, além de contribuir para a estabilidade do joelho.
Essas lesões podem ocorrer de forma aguda, devido a um trauma ou movimento brusco, ou de forma degenerativa, à medida que o tecido do menisco vai se desgastando com o tempo.
Sintomas da Lesão Meniscal
A lesão meniscal pode ser causada por um trauma agudo, como uma torção brusca do joelho, ou por desgaste progressivo (lesão degenerativa), que ocorre com o envelhecimento.
Embora as causas possam variar, os sintomas tendem a ser semelhantes, com variações na intensidade conforme a gravidade da lesão. Abaixo estão os principais sinais que indicam a presença de uma lesão no menisco.
1. Dor no Joelho
A dor no joelho é o sintoma mais comum e imediato em pessoas com lesão meniscal. Ela geralmente surge no momento da lesão ou pode se desenvolver progressivamente no caso de lesões degenerativas. A dor pode ser localizada na linha articular do joelho, mais especificamente nas laterais, e tende a piorar com movimentos como agachar, subir escadas ou carregar peso. Em casos mais graves, a dor pode ser tão intensa que interfere até nas atividades cotidianas, incluindo o sono.
2. Sensação de Bloqueio (Travamento) do Joelho
A sensação de travamento do joelho é um sintoma marcante de uma lesão meniscal. Isso ocorre quando um fragmento do menisco lesionado interfere com o movimento da articulação. Pacientes relatam que o joelho parece “travar” em determinadas posições, impedindo que a perna seja totalmente dobrada ou estendida. Esse bloqueio pode ser momentâneo ou persistente, e muitas vezes o paciente precisa realizar manobras manuais para liberar o movimento do joelho.
3. Inchaço no Joelho
O inchaço, também conhecido como derrame articular, é outro sinal frequente, especialmente nas lesões traumáticas. O acúmulo de líquido no joelho pode ocorrer logo após a lesão ou desenvolver-se ao longo de dias. Em lesões degenerativas, o inchaço tende a ser menos dramático, mas ainda assim perceptível. O joelho inchado limita o movimento e aumenta a dor, tornando o diagnóstico clínico mais evidente.
4. Estalos e Sensação de Instabilidade
Pacientes com lesão no menisco também podem ouvir ou sentir estalos durante o movimento do joelho, especialmente ao tentar dobrá-lo ou estendê-lo. Esses estalos ocorrem devido ao desalinhamento das estruturas articulares e ao movimento da parte lesionada do menisco. Além disso, a sensação de instabilidade, como se o joelho fosse “ceder” durante o movimento, é comum, especialmente ao caminhar ou ao fazer atividades que exijam maior controle articular.
5. Desconforto ao Dormir
Em lesões mais severas, o desconforto pode se estender até mesmo durante o sono. Muitos pacientes relatam a necessidade de usar um travesseiro entre as pernas para aliviar a pressão no joelho lesionado, especialmente no caso de lesões degenerativas. Esse tipo de dor pode ser contínuo e tende a piorar com a falta de movimento prolongada.
Diagnóstico da Lesão Meniscal
O diagnóstico de uma lesão meniscal envolve uma abordagem detalhada, combinando a análise dos sintomas, o exame físico do joelho e exames de imagem, principalmente a ressonância magnética.
Embora os sintomas possam ser indicativos claros, é fundamental uma avaliação clínica precisa para distinguir a lesão meniscal de outras condições articulares, como lesões ligamentares ou artrite.
1. Avaliação Clínica e Exame Físico
A primeira etapa do diagnóstico é realizada durante a consulta médica, onde o ortopedista examina o joelho do paciente em busca de sinais de sensibilidade, inchaço e restrições de movimento. Existem testes específicos que auxiliam o médico a detectar uma possível lesão meniscal, como o Teste de McMurray e o Teste de Apley. Esses exames provocam o joelho em movimentos específicos, que aumentam a dor ou o desconforto quando há uma lesão no menisco.
O toque do médico é essencial nesse processo, como mencionado na transcrição: “o dedo é melhor que a ressonância magnética”. O médico pode identificar com precisão áreas de dor e restrições de movimento que muitas vezes não são visíveis em exames de imagem.
2. Testes Meniscais
Os testes meniscais são técnicas utilizadas durante o exame físico para confirmar a suspeita de lesão. O Teste de McMurray, por exemplo, envolve a rotação do joelho enquanto o médico aplica uma pressão sobre a articulação. Se o teste provocar dor ou estalos, há uma grande chance de lesão no menisco.
Outro exame comum é o Teste de Apley, no qual o paciente deita de bruços, com o joelho dobrado em 90 graus, enquanto o médico gira a perna. Se o movimento provocar dor, a suspeita de lesão meniscal aumenta. Esses testes são fundamentais para avaliar a gravidade e localização da lesão.
3. Ressonância Magnética (RM)
A ressonância magnética é o exame de imagem mais confiável para diagnosticar lesões meniscais. Ela oferece uma visão detalhada das estruturas internas do joelho, permitindo que o médico visualize diretamente a área afetada. A RM é particularmente útil quando o diagnóstico clínico não é conclusivo ou quando se deseja confirmar a gravidade e a extensão da lesão.
Apesar de sua eficácia, o exame físico continua sendo uma ferramenta valiosa para o diagnóstico. Como mencionado anteriormente, em alguns casos, a ressonância pode não revelar a verdadeira causa dos sintomas, por isso é essencial que o diagnóstico seja baseado na combinação de achados clínicos e exames de imagem.
4. Importância do Diagnóstico Diferencial
Um dos grandes desafios no diagnóstico da lesão meniscal é diferenciá-la de outras condições que afetam o joelho, como lesões ligamentares ou artrite. Por isso, o médico deve estar atento a sintomas adicionais, como instabilidade ou estalos que podem estar associados a problemas ligamentares. A precisão no diagnóstico é crucial para garantir que o tratamento adequado seja iniciado.
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