Tudo que você precisa saber sobre a cirrose, suas complicações e como reconhecer os sinais de alerta.
Cirrose hepática é a alteração disseminada da estrutura interna do fígado, ocorre quando uma grande quantidade de tecido hepático normal é permanentemente substituído por tecido cicatricial não funcional. O chamado tecido cicatricial surge quando o fígado sofre lesões repetida ou continuamente. Em outras palavras, cirrose hepática se refere a uma inflamação crônica do fígado, caracterizada principalmente pela formação de nódulos e tecido fibrótico, que debilitam o funcionamento adequado do órgão.
Em estágios iniciais, a cirrose hepática não apresenta sintomas aparentes, entretanto, ao passar do tempo, sem tratamento as lesões no fígado vão aumentando levando aos seguintes sintomas: → Manchas vermelhas na pele (como pequenos vasinhos); → Fraqueza e cansaço excessivo; → Mal-estar geral; → Perda de apetite; → Náuseas frequentes; → Perda de peso.
Para fazer o diagnóstico da cirrose hepática, inicialmente o médico realizada uma avaliação dos sintomas que o paciente apresenta, além disso, o médico faz a análise dos hábitos de vida da pessoa e histórico de saúde. Em conjunto a anamnese inicial, também podem ser solicitados exames laboratoriais que visam avaliar as condições do fígado, rins e a capacidade de coagulação, e também testes sorológicos para verificar infecções virais. Entre os principais exames laboratoriais para diagnosticar a cirrose hepática, estão a dosagem das enzimas hepática TGO e TGP, que costumam se apresentar em níveis elevados quando existem lesões no fígado.
O consumo de bebidas alcoólicas socialmente, isto é, em pequenas quantidades e esporadicamente, não costuma trazer malefícios significativos a saúde do fígado ou, em geral, mas quando em excesso e rotineiramente pode prejudicar a saúde do fígado. Quando o consumo de bebidas alcoólicas é algo rotineiro, ou seja, ocorre diariamente, por longos períodos de tempo, em quantidades superiores a 60g para homens e 20g para mulher, por dia, este habito pode provocar lesões no fígado, ocasionando a cirrose hepática.
As hepatites B e C são doenças provocadas por vírus, sendo transmitidas, principalmente, através do contato sexual ou uso de objetos contaminados, como alicates de unha, agulhas, seringas ou aparelhos de tatuagem contaminados, por exemplo. Estas variações da hepatite, atacam as células do fígado e quando não tratadas precocemente se transformam em inflamações crônicas, levando ao surgimento da doença cirrose.
Determinados distúrbios do metabolismo, propiciam o surgimento da cirrose hepática, como, por exemplo, a doença de Wilson. Trata-se de uma patologia rara, genética e que não possui cura, caracterizada pela incapacidade do corpo em metabolizar o cobre, gerando o acúmulo em diversos órgãos, principalmente cérebro e fígado, podendo provocar grandes danos a esses órgãos.
Fígado gordo ou como também é conhecida a condição, gordura no fígado, é o acúmulo de gordura do fígado, devido principalmente a maus hábitos alimentares e comportamentais. A esteatose hepática não provoca sintomas, e costuma ser descoberta ao acaso, mas quando não tratada, pode ocorrer inflamações no fígado, aumentando o risco de cirrose.
Pessoas que fazem o uso contínuo de determinados medicamentos, ou fazem o uso sem supervisão médica, podem desenvolver uma inflamação hepática, pois estas substâncias em grande quantidade no organismo, dificultam o trabalho de fígado de metabolizar rapidamente os químicos. A título de exemplo de medicações que podem levar a esse quadro, quando não orientadas pelo médico, são isoniazida, nitrofurantoina, amiodarona, metotrexato, clorpromazina e diclofenaco sódico.
Outra causa da cirrose hepática, pode ser o quadro onde a bile não consegue ser conduzida do fígado a uma parte do intestino, recebendo o nome de obstrução dos ductos biliares. Neste caso a bile fica obstruída e pode danificar o tecido hepático. Essa situação pode ocorrer pela presença de tumores, pedras na vesícula ou por alguma deficiência na produção de bile. Como progressão do quadro, a colestase crônica, leva ao desenvolvimento da cirrose hepática e acaba sendo mais comum em pacientes que possuem colite ulcerativa, doença inflamatória intestinal.
As formas de tratamento para a cirrose hepática vão variar em razão da causa do problema, podendo ser realizado através da suspensão de certos medicamentos, ingestão de bebidas alcoólicas e até mudanças alimentares, por exemplo. Em muitos casos, pode ser indicada uma nova rotina alimentar associado a uma suplementação de vitaminas, visto que a debilitação do fígado acaba ocasionando dificuldade para digerir gorduras da forma correta. O médico também pode considerar o uso de medicações, mediante a determinados sintomas e estágios de lesões no tecido hepático.
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